×

EUA anunciam sobretaxa de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto

Brasília, 30 de julho de 2025 – O governo dos Estados Unidos anunciou que começará a aplicar, a partir de 1º de agosto, uma sobretaxa de até 50% sobre determinados produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano. A medida, que já provoca reação entre autoridades e setores produtivos do Brasil, pode impactar significativamente a balança comercial entre os dois países.

De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, a decisão tem como justificativa o “desequilíbrio concorrencial” e a “necessidade de proteger indústrias locais”, especialmente nos setores agrícola e siderúrgico. Produtos como aço, carne bovina, suco de laranja e etanol estão entre os mais afetados pela nova tarifa.

A medida causou forte repercussão entre exportadores brasileiros. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota lamentando a decisão e alertando para os prejuízos que podem ultrapassar US$ 3 bilhões ao ano em perdas diretas. Representantes do agronegócio também manifestaram preocupação com o futuro das exportações para um dos maiores mercados consumidores do mundo.

O Itamaraty informou que já está em diálogo com autoridades norte-americanas e estuda acionar organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para contestar a medida. “O Brasil considera a sobretaxa uma medida unilateral e desproporcional que afeta a competitividade de nossos produtos e desrespeita acordos comerciais firmados”, declarou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

Nos bastidores, analistas avaliam que a sobretaxa pode estar relacionada a tensões diplomáticas recentes e a pressões internas do governo americano, especialmente em ano pré-eleitoral. Alguns especialistas também apontam que a medida pode abrir caminho para retaliações do Brasil ou a busca de novos acordos bilaterais para compensar os prejuízos.

A partir de 1º de agosto, empresas exportadoras brasileiras terão que revisar seus contratos e estratégias de mercado diante do novo cenário. Enquanto isso, o setor produtivo e o governo se articulam para minimizar os impactos econômicos e políticos dessa nova barreira comercial.

Publicar comentário