O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades, definiu os projetos que vão transformar a mobilidade na região metropolitana de João Pessoa. A capital paraibana será contemplada com quatro novos corredores de ônibus, totalizando 40 quilômetros de extensão, além de um projeto de transporte de média e alta capacidade — que poderá ser um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ou BRT (Bus Rapid Transit), com 23 quilômetros de trajeto.
O investimento estimado é de até R$ 3,5 bilhões, com foco em eficiência, sustentabilidade e segurança viária. A escolha entre VLT e BRT será definida nas próximas etapas do estudo, a partir de análises detalhadas de modelagem técnica e econômica.
Segundo o BNDES, a implantação dos projetos trará impactos significativos: redução de cerca de 30 mortes no trânsito até 2054, diminuição anual de 18,1 mil toneladas de CO₂ emitidas, e queda de 9% no custo operacional por viagem. Além disso, o tempo médio de deslocamento urbano deverá cair, gerando um impacto econômico estimado em R$ 2,4 bilhões.
“Com o estudo, o BNDES contribui para uma política pública de mobilidade urbana sustentável, unindo esforços da União, dos estados e municípios. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, com um transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro”, destacou o presidente do banco, Aloizio Mercadante.
O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou o papel estratégico dos projetos para o futuro urbano do país.
“Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas. Os projetos mostram que o Brasil está se adaptando às mudanças climáticas com ações que unem sustentabilidade, mobilidade e inclusão social”, afirmou.
Em João Pessoa, os projetos previstos incluem os corredores Pedro II, Mangabeira, Bessa–Centro, Cruz das Armas e o sistema BRT ou VLT Aeroporto–Bessa, todos voltados à integração e modernização do transporte público metropolitano.
Com a execução dessas obras, a capital paraibana avança rumo a um modelo de mobilidade urbana mais sustentável, conectando desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental.







