O técnico Carlo Ancelotti, atualmente no comando da Seleção Brasileira, voltou a falar sobre seu futuro e sobre as expectativas em relação ao próximo ciclo. Em entrevista recente, o italiano deixou claro que não considera uma “obrigação” conquistar a Copa do Mundo pelo Brasil, ainda que reconheça o peso da camisa pentacampeã e a longa espera de 23 anos desde o último título, conquistado em 2002.
Com contrato de apenas um ano firmado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ancelotti afirmou que encara o desafio como um projeto de grande responsabilidade, mas que não aceita transformar o torneio em uma “pressão absoluta”.
“A Copa é um objetivo, claro, mas não uma obrigação. Futebol não é matemática. O Brasil tem talento e tradição, mas não existe título garantido. A obrigação é trabalhar duro e honrar a camisa”, declarou o treinador.
Real Madrid como destino certo
Ancelotti também foi direto ao falar sobre o futuro após o vínculo com a Seleção. Segundo ele, o Real Madrid é a única opção em sua carreira depois do período no Brasil. O treinador já comandou o clube merengue em duas passagens vitoriosas, acumulando títulos da Champions League, do Campeonato Espanhol e do Mundial de Clubes.
“O Real Madrid é minha casa. Quando encerrar esse ciclo com a Seleção, não penso em outro lugar. Minha história como técnico se encerra no Madrid”, afirmou.
Pressão dividida
A declaração de Ancelotti repercute no ambiente do futebol brasileiro, onde a expectativa por um título mundial é constante. Para parte da torcida e da crítica esportiva, a fala pode soar como uma tentativa de aliviar cobranças antes mesmo do torneio. Por outro lado, especialistas avaliam que o treinador busca transmitir tranquilidade ao elenco, evitando transformar a busca pela Copa em um fardo psicológico.
A postura de Ancelotti contrasta com o histórico de outros treinadores da Seleção, que em diferentes momentos assumiram a conquista da taça como missão obrigatória. Enquanto isso, a torcida brasileira aguarda para ver se a filosofia do italiano trará de volta o tão sonhado hexa ou se o futuro do treinador será mesmo apenas o reencontro com o Real Madrid.







